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quinta-feira, 14 de abril de 2011

A pressa é inimiga da perfeição: cães são usados na busca em Santos

Uma equipe do Corpo de Bombeiros trabalha com três cães farejadores em busca dos dois trabalhadores soterrados na manhã de terça-feira na pedreira Santa Teresa, em Santos (litoral de São Paulo).

Na manhã de ontem houve um novo desmoronamento de pedras, mas, segundo o coordenador da Defesa Civil de Santos, Ernesto Tabuchi, a queda do bloco não modificou a segurança do local atingido.

Tabuchi afirmou que há um indicativo de onde Jucelino dos Santos, 45, e Walter Santana Wholtz - que não teve a idade revelada - possam estar soterrados. "Focamos a busca com os cães nesse indicativo que temos", afirmou.

Segundo o coordenador, as buscas irão até o momento em que ainda houver luz do dia. Por volta das 15h30, não chovia no local, mas havia previsão de chuva para a região.

Além dos bombeiros e da Defesa Civil, trabalham no resgate equipes do Instituto Geológico (IG) e Instituto de Pesquisas Tecnológicas (IPT), do governo de São Paulo, e a Polícia Civil do Guarujá (litoral de SP). Técnicos do IG e do IPT estão fazendo estudo mais detalhado do terreno e dos riscos da operação de resgate. Uma empresa especializada em desmonte de rochas foi contratada para retirar as pedras, já que a Defesa Civil e o Corpo de Bombeiros não possuem equipamentos para resgates dessas proporções.

Se não estiverem feridos, eles poderão sobreviver sem água por até quatro dias, diz o clínico geral do Hospital de Clínicas de SP, Arnaldo Lichtenstein. No entanto, ferimentos graves, como uma hemorragia sem estancar, poderão diminuir a sobrevida para algumas horas. "A gente sempre trabalha com a possibilidade de encontrá-los vivos, mas não tem como avaliar isso, seria especular, mas trabalhamos com essa possibilidade", afirmou Tabuchi.

Acidente
As causas do acidente ainda não estão definidas. A empresa Max Brita Comercial, que explora a pedreira Santa Teresa desde 2006, disse que a documentação está em dia. Segundo relatos de técnicos da empresa para a Defesa Civil de Santos, não houve sinais de que a rocha poderia se desprender, como fissuras ou estalos.

Outros dois funcionários que estavam na pedreira, Wilton Paulo da Silva Araújo e Cleiton Revertil dos Santos, com idade entre 35 e 40 anos, conseguiram fugir e não foram atingidos.

Recomeçam hoje às 7h, as buscas pelos dois desaparecidos. O uso de cães rastreadores pode indicar a provável área onde eles estejam. Com base nessa informação, o Corpo de Bombeiros e a Defesa Civil passaram a fazer, com o auxílio de duas escavadeiras, a remoção das cerca de 50 toneladas de rocha que encobriram o local. De acordo com a pedreira, o acidente deve ter sido causado pelo excesso de chuvas.

Fonte: Diário do Nordeste

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